11.01.2016

Terramoto de 1755 já se devia ter repetido...


Percurso da água em caso de rotura da Barragem... por JoaoTillyAudioVisuais


Este é um resumo de um estudo que levei a cabo durante uma semana no local e no Google Earth.
Este será o percurso da água, rochas e detritos, em caso de colapso do paredão principal ou do paredão norte.

O Funil que se encontra em frente à Lagoa conduzirá a água, as rochas e os troncos que ela transportará pela depressão causada pela ribeira da caniça até ao Alva.
Sabugueiro está fora do percurso e Loriga está acima. Ambos serão poupados.

Dependendo da severidade da rotura (total ou apenas parcial) assim se fará sentir o estrago que os 2 milhões de toneladas de água produzirão - mais outro tanto em rochas e detritos que ela arrastaria consigo. Pode ir desde um aumento de altura de água em Sandomil de 90 cm até ao arrasamento completo da sua baixa. Casario incluído.

Isso tem a ver apenas com o tipo de rotura que se verificar na sequência, por exemplo, de um terramoto violento, como se espera nos próximos anos.

Urge elaborar um plano de Salvamento para a baixa de Vila Cova e Sandomil porque o "martelo" de água, rochas e madeira demorará apenas 5 a 7 minutos a chegar a Sandomil a uma velocidade média de 150 a 200 kms/hora.

Por onde passar, a enxurrada tudo arrasará. Não ficará pedra sobre pedra nem se reconhecerá, sequer, que ali houve civilização, se o paredão principal colapsar na totalidade.

Serão 4 a 5 milhões de toneladas de matéria a uma velocidade de 200 km/h. Desaparece tudo.

Pelo menos, deve instalar-se um sistema de sirenes automáticas que soe mal os sismómetros que estão colocados em redor do paredão dêem sinal de tremor de terra. E as pessoas - especialmente as de Sandomil - têm que estar preparadas para evacuar para as zonas mais altas. Isto demora tempo e há muita gente idosa... mas podem salvar-se centenas de vidas que, sem aviso prévio, não terão hipóteses de sobrevivência