4.26.2014

Até mete medo ler isto... escrito há 10 anos. Profecias? Não. Era inevitável.

http://www.portadaestrela.com/index.asp?idEdicao=108&id=5000&idSeccao=952&Action=noticia


O 25 de Abril, 30 (des)an(im)os depois 

Quem, de entre os heróis da Madrugada de 25 de Abril, poderia adivinhar naquilo em que se tornaria este país, 30 anos após a madrugada libertadora?
Quem, de entre a população que saiu às ruas naquela quarta-feira histórica, arrebatada pelo fim da longa noite fascista, poderia prever o desânimo que assolaria este país volvidas 3 décadas?
Façamos o balanço realista:
A primeira geração após o 25 de Abril foi absolutamente perdida para Portugal, a todos os níveis.

De quem é a culpa?

A culpa, segundo os analistas internacionais, tem sido apontada exclusivamente aos «governantes incompetentes e corruptos que Portugal tem tido a dirigi-lo desde 1974» (BBC, CNN, Pravda).
Quanto a mim, não só.
A culpa é também do laxismo do povo português, que continua a não cobrar da classe política a gigantesca corrupção de que está generalizadamente impregnada e a confrangedora incompetência que diariamente exibe.
Em qualquer outro país não seria possível a perpetuação de uma condição indigna de país da cauda da europa que entretanto pretende confundir o povo com mega-projectos que envolvem gigantescos assaltos ao Património de todos, enquanto o país agoniza num pantanal de converseta e inacção absolutamente deplorável.
Em Portugal, no entanto, tudo continua a ser possível.
1- Dez novos estádios de futebol do mais moderno no mundo, poderiam alguma vez ser construídos no país que descaradamente ostenta a maior taxa de analfabetismo, de abandono escolar, de SIDA e doenças contagiosas, de acidentes rodoviários, de alcoolismo, e aquele que tem a pior Saúde e a pior Justiça?
2- Submarinos e helicópteros de biliões de euros poderiam ser comprados enquanto não houvesse verba para lanchas rápidas, as únicas que podem interceptar os arrastões ilegais e as milhares de toneladas de droga que passam todos os dias nas nossas costas à frente do nariz das autoridades?
3- Alguma vez seria possível a um governo fazer exactamente o contrário do prometido em campanha eleitoral, em total e escarnecedor desprezo pelos milhões de cidadãos que nele acreditaram?
Alguma destas loucuras poderia ter sido levada a efeito sem que um povo esclarecido se revoltasse de imediato contra esse insulto à sua inteligência?

A legitimidade da indignação

Saramago defende a via da indignação pelo voto em branco, uma vez que esta bafienta classe política se auto-protege e se auto-perpetua no poder. Ninguém "sobe" dentro de um Partido convencional se não for suficientemente "esperto" (corruptor) e não concentrar em si suficientes "apoios" (tráfico de influências).
Mas se o voto em branco é protesto, ele não gera a solução.
A via inevitável é a da indignação popular pacífica, evidentemente, e não a da luta armada, embora todos os indicadores de decepção do povo português apontem para níveis perigosos de desestabilização social cujas consequências estamos longe de conseguir prever.
Se antigamente Portugal era pertença de 6 famílias, hoje é-o de outras 6 (algumas as mesmas) e a única coisa que verdadeiramente se ganhou foi a liberdade de expressão que me permite escrever isto.
Mas entretanto perderam-se 30 anos em que o país andou a passo de tartaruga cansada, enquanto os vizinhos correram como lebres, nunca parando - ao contrário da fábula - para descansar.
Só quem nunca saiu daqui é que não pasma com a esmagadora pequenez em mentalidade e procedimentos que nos opõe aos demais países europeus.

A desilusão político-económica popular

Achamos todos que já basta de corrupção, de compadrio e de incompetência por parte da classe que nos governou durante estes últimos 30 anos. Há, portanto, que obviamente demitir estes políticos o mais depressa possível, mas tal só se consegue com a indignação popular.
E acredito que ela venha aí. Porque o povo não consegue, hoje, aguentar a pressão bancária da qual se vitimou ao longo dos últimos anos.
Não há dinheiro para nada de supérfluo há vários meses e agora já nem para muito do que é absolutamente essencial.
Esta Páscoa, comercialmente, foi a mais triste de todas as de que há memória.
As pessoas não consomem; não têm dinheiro nenhum. Por isso andam acabrunhadas, tristes, deprimidas e desiludidas com a vida. Isso não traz nada de bom ao País.
As injustiças na Justiça - completamente descredibilizada aos olhos do povo - e o desleixo na Saúde - transformada em Serviço de Cunhas e Conhecimentos, SA - contribui para a desmoralização do português médio, que não tem posses para recorrer a Clínicas e Advogados de luxo.
O Ensino não funciona na medida em que não prepara os jovens absolutamente para nada a não ser para prosseguir estudos. Que, quase sempre, não são prosseguidos.
As escolas estão transformadas em fábricas de burocracia para quem lá trabalha e em armazéns de crianças que por ali deambulam sem projectos, sem crença no seu futuro, sem nada que as direccione e as anime para a vida.
Os impostos, esmagadores para um país pobre como o nosso, são pagos pelos funcionários por conta de outrem e pelas pequenas empresas, que mesmo assim fogem o que podem, para evitarem a falência. A Alta-Finança praticamente não os paga. Precisamente os que mais deviam, porque mais subsídios e benesses recebem do Estado anualmente.

Um futuro mais negro que o presente

Com a entrada dos novos países para a Europa das Nações seremos, rapidamente, ultrapassados por mais 10 países que nos “roubarão” os poucos recursos que ainda nos permitem conservar e os biliões em subsídios que continuámos a receber (e a nossa classe política tão eficazmente tem desbaratado) durante quase duas décadas.
De modo que, se o presente é cinzento, o futuro não se pode perspectivar com maior negrume para as gerações vindouras.

O que é urgente

É tarde, mas é urgente que se comece a cumprir Abril, para se evitar o cataclismo social muito mais sangrento, que se avizinha.
É muito tarde, mas é urgente o emergir de uma nova classe de pensadores políticos livres e portanto apartidários, totalmente descomprometidos com o materialismo e absolutamente desinteressados do poder pelo poder, que coloque Portugal à frente dos seu bolso, da sua família e da sua carreira pessoal.
É já muito tarde, mas é urgente acabar de vez com o cancro da corrupção que nos asfixia.

Um pontapé nas “jogadas” do Portuguesismo retrógrado

O primeiro passo para a saída deste pantanal político é a moralização da sociedade.
Não há saída para um Portugal corrupto sobrevivendo de economia paralela e de biscates. Portugal não é o Brasil. Não tem sequer a cultura da economia de bairro. Torna-se imperioso começarmos a reivindicar injustiças, apontar irregularidades, denunciar prevaricações, trazer à luz as pequenas e grandes “jogadas” que todos conhecemos, para que elas naturalmente se extingam. É o que eu denomino de mecanismo de auto-correcção social.
Que cada um denuncie uma “jogada” quando a vir. E este país começará, muito rapidamente, a auto-corrigir os seus vícios e iniquidades congénitas.
O passo seguinte já o expus: a substituição urgente desta classe polítqueira profissional por uma nova nata de cidadãos, livres de partidarites e de clubites, cuja sensatez e livre arbítrio substituam a lógica das negociatas e a submissão à Alta-Finança planetária.
Porque, apesar do atraso de mais estes 30 anos, a somar ao que já trazíamos da Europa em 74, acredito que ainda é possível cumprir Abril e salvar Portugal.
Por: Joao Tilly

Investiguem nas padarias!

Manuel Palito anda fugido há mais de uma semana e é perseguido pela GNR, PJ e Exército há 5 dias. 
Hoje foi comprar pão a uma padaria.

4.24.2014

Crónica de há 12 anos: 28 anos depois… O melhor de Abril foi o 25. E pior, o 26.

O calendário devia ter parado ali, para Portugal. 

Tinha vindo a correr tudo muito mal desde 1926 e o Estado Novo tinha chegado ao fim. 
A máquina neo-fascista estava gripada e o movimento corporativista militar que tinha falhado nas Caldas não havia sido desmontado, porque o regime já nem para tal mostrava vigor. 

Não era um regime, a bem dizer. 
Havia 2 células militarmente activas: a GNR no Carmo e meia dúzia de agentes da PIDE, na António Maria Cardoso. Um deles (nunca saberemos qual) terá entrado em pânico e disparado atabalhoadamente da janela sobre a multidão, matando 4 e ferindo 18 - as baixas do golpe militar de Abril. 

Menos mal. Uma "revolução" com o mesmo nr de mortos de um acidente na IP4, prenunciava um futuro livre e risonho para um Portugal cinquenta anos atrasado relativamente à Europa desenvolvida. 

*A Liberdade que transformou fascistas em democratas* 

Mas não parou aí o calendário. E apenas algumas horas após a consciencialização da irreversibilidade do golpe, houve logo quem se aproveitasse da confusão geral para "passar" para o lado certo da História. 
Chamaram-lhes os "fachos" (diminuitivo alfacinha para fascistas). Situacionistas convictos às 3 da manhã, eram eloquentes democratas e paladinos da liberdade às 4 da tarde. 
Voltaram quase todos ao aparelho de estado. Hoje estão mortos ou reformados, apenas porque tiveram um azar nítido temporal. Abril calhou em 74, tarde demais para as suas idades (50s e 60s) e para a retoma integral das suas carreiras. Fossem mais novos e ainda chegavam a Primeiro-Ministros nos nossos dias. 

 *O Verão Quente que poderia ter sido tórrido* 

De uma ditadura exausta, com 48 anos de velhice, num contexto europeu que nada tinha de similar (com a excepção do regime de Franco, aqui ao lado, mais austero mas muito mais moderno e empreendedor), com um pseudo-império de mentirinha preso por arames e não reconhecido por ninguém, uma guerra não-ganhável em 3 frentes que tinha produzido, em 13 anos, 9.000 jovens mortos e mais de 30.000 estropiados para a vida, toda a Europa e mais o líder do terror internacional H Kissinger esperavam o fim formal. Que ocorreu nesse Abril. 

E àquele pântano político (talvez só comparável ao de hoje) sucedeu-se a Liberdade e um período muito conturbado da nossa História em que Portugal esteve, por mais que uma vez, à beira da guerra civil. 

O 25 de Novembro e o 11 de Março não foram, contudo, suficientes para lançar este país na desgraça que ocorreu em Angola e Moçambique após a descolonização possível. O verão quente de 75 com as sedes do PCP e do CDS incendiadas alternadamente por todo o país, não teve, felizmente, consequências de maior. 
Porque passados muitos saneamentos e autogestões, assaltos aos latifúndios, barricadas populares, tiroteio, bombas e alguns mortos, Portugal acabava por ser mais ou menos o mesmo, e a figura firme e austera de Ramalho Eanes estabilizava, em 76, este país duplamente libertado, apagando o fogo da guerra fratricida que se insinuava. 
Nunca lhe agradeceram, os políticos profissionais. Hoje, já quase ninguém se lembra dele. 

*Passámos a poder escolher, de entre os que foram previamente escolhidos* 


Muitos anos, poucas décadas e bastantes peripécias depois, a sociedade portuguesa está substancialmente mudada. Antigamente crónica nas manif.s do 25 de Abril, a populaça está hoje toda na praia, a apanhar bronze, sem nadadores salvadores por perto. 
A democracia – o pior sistema político, tirando todos os outros – continua a fazer coxear este país que não corre, como os demais países europeus, mas também não está parado, como antigamente. 

Este regime português não é hoje carne, nem é peixe. É um molhe de bróculos, sem "substracto" para dar ao povo. Física, moral ou Culturalmente. 

Mas alimenta-se bem a si próprio, ainda assim. Porque o verdadeiro regime em vigor desde Abril, nunca foi a tão propalada Democracia orgânica. 
Até 25, Portugal viveu uma Ditadura e a partir de 26, uma Partidocracia, que dura até aos nossos dias. 

Portugal só foi um país verdadeiramente livre no dia da revolução. 
Depois da fuga da tirania, e antes da chegada da corrupção-pobre.  

- Então porque é que não vivemos numa democracia formal? Pergunta o leitor que conseguiu chegar até aqui. (A propósito: Os meus parabéns! Você pertence a uma minoria ínfima da população – os utentes cerebrais. A esmagadora maioria daqueles cujo voto anula o seu, desistem de qualquer leitura ao fim do primeiro período com 1 oração intercalar. Essa imensa maioria analfabeta funcional é denominada pela TVI de: "Os portugueses"). 

- Porque o povo só pode escolher quem já foi escolhido para se apresentar às eleições. Respondo eu. 

E nunca são os melhores, os candidatos que se perfilam. 
Explico porquê. 

"Quem é que temos para o Governo Civil?"

Invariavelmente neutros, à cautela, em Abril, deixaram passar o período de grande convulsão de 75 e 76 e o perigo que representava defender uma posição política nesses tempos conturbados em que, como hoje, a cobardia era a melhor conselheira e de heróis espancados não rezava a história. 

Depois, quando os ânimos acalmaram e a política começou a dar dinheiro, foi vê-los a "assaltar o poder" em todos os partidos e em todos os locais. 

Não são nunca os mais honestos, porque têm que passar a vida a mover influências para continuarem a ser os escolhidos pelo Partido, numa luta diária e desgastante contra os seus concorrentes internos. 

Não são também os mais brilhantes, porque se o fossem, a sua inteligência não lhes permitiria submeterem-se a todo o tipo de indignidades e golpes baixos, para continuarem a pôr-se em bicos de pés. 

São, possivelmente, os mais espertos (perspicazes) – mas a esperteza é o recurso medíocre daqueles que não foram bafejados intelectualmente. 

Basta analisar o caso notável do comentador político/futeboleiro Pedro Santana Lopes ou o do comentador político/cibernoso José Magalhães, para se perceber de imediato que até para se nascer não-idiota é preciso ter sorte. 

Portanto, ao votar, o povo está a inserir um vírus no sistema – o menor. Mas há mais. 

 *O mecanismo de perpetuação da corrupção-pobre* 

Ao votar, o povo apenas elege aqueles que vão colocar os amigos e os seus homens de confiança nos centros de controle da democracia. 

A proliferação desta corrupção pobre (por contraponto às corrupções propriamente ditas - a da alta finança e a do colarinho branco - de que falaremos em "E quem não for corrupto é burro") – a corrupção da migalha e da continuidade da sobrevivência em "jobs", é social e ferozmente combatida pela inveja dos vizinhos que não fazem parte desses amigos e que não pertencem a esse clube, simplesmente porque ninguém teve o bom senso de os convidar. 

Esta situação e noção de exclusão conduz invariavelmente a um "sindicato dos desprezados" que encetará logo que organizado uma solidária e despeitada luta de combate à corrupção-pobre da côr vigente, formando, estes, um novo lobbie de candidatos a corruptos-pobres de sinal contrário, à espera da sua vez para usufruirem da migalha apropriada pelos antecessores, o que tem acontecido de 2 em 2 eleições legislativas, em Portugal desde Abril. 

Verifico ainda que a corrupção-pobre perpetuada neste regime partidocrático se manifesta, em cada momento, com uma dimensão inversamente proporcional à da tensão social existente, e a prova disto é que em períodos de revolução e cataclismo, ela praticamente não é detectável. 

Aprofundaremos este conceito mais tarde no texto: "Quanto maior a acalmia, mais se orienta a Maria" 

*Por outro lado, qual a verdadeira idoneidade de quem vota, neste país?* 

Uma população constituída por 48% de analfabetos funcionais deve votar? 
Tem consciência política e social do seu acto? 
Não tem, por definição. 

Está a decidir um rumo político para o país quando nem sequer tem conhecimento das linhas de força dessa política? 
Está, concerteza. 

Mas então se para tirar uma simples carta de condução, arranjar um emprego, para desenvolver qualquer tipo de actividade socialmente autorizada é necessário possuir pré-requisitos, porque é que para decidir o futuro de uma nação basta estar vivo? 
E nem é preciso estar consciente… até os doentes mentais nos hospitais psiquiátricos podem votar… 

E agora, por força da lei comunitária, também os imigrantes votam, o que é sempre preferível aos alienados. 

Portanto, ao votar, uma grande parte do povo está a inserir paralelamente no sistema um novo desvio, este bem maior: está a escolher sem fundamentação programática, sem alicerce histórico-cultural, sem interiorização do leque de escolhas. 
Em suma: está a votar imbecilmente, e a eleger quem não compreende. 

O dramático disto é que cada voto imbecil vai anular um outro voto consciente e muitíssimo ponderado de um sociólogo, de um cientista ou de um professor catedrático, por exemplo. 

*É só dos politiqueiros a culpa de continuarmos na cauda, 28 anos depois?* 

A minha explicação para o que nos tem vindo a acontecer desde o dia 26 desse longínquo ano, ultrapassa a classe política e, por muito incorrecta que esta afirmação possa ser, politicamente falando, defendo que a culpa é maioritariamente do povo. 

E baseia-se nesta singela evidência: Sabemos que, antes e depois de Abril, o número de imbecis tem vindo sistemáticamente a superar de forma esmagadora o dos intelectuais, a ponto de, hoje em dia, a TVI ser a televisão preferida dos "portugueses". 

As causas desta situação degradante são múltiplas e prendem-se com muitos factores, de entre os quais enumero o facilitismo escolar, a falta de formação exigível nas profissões e na vida activa e, no fundo, um costumeiro laxismo instituído desde há muitas décadas e que nunca foi abandonado até hoje – ao contrário, teve o seu periodo áureo durante o Governo anterior. 

Portugal sempre foi um país de desenrascados e não um país de operários especializados. O clima tem também a sua quota-parte nesta história, dado que somos a África da Europa mas, como no resto, nem isso sabemos aproveitar. Deixemos esta discussão para mais tarde. 

De entre estes idiotas, os mais atrevidos, não contentes com o facto de serem perfeitos mentecaptos, perceberam que nenhum mal adicional lhes sobrevinha se o mostrassem, como fez o Zé Cabra, o Tino de Rans ou a Gisela do Masterplan. 
Pelo contrário; como estão rodeados dos seus iguais, por mais asneiras que digam ou façam, não há ninguém à sua volta que as detecte e os corrija. Chegados à era dos "reality shows" estes cromos são verdadeiros petiscos para as estações de televisão, que aumentam dramaticamente as suas audiências poupando milhares nos "pugramas" e arrecadando milhões durante os écrans publicitários dessas horas "nobres". 

É o ovo de Colombo, mas também a verdadeira Maldição de Midas das televisões modernas. É que a partir de agora, só podem apresentar pior. Mais baixo, mais porco, mais analfabeto, mais miserável, mais animal. 
Nunca igual, pois igual já está visto e deixa de "cativar" o povão a que se dirigem. 

E o povo intelectualmente menos robusto vai-se revendo diariamente naquela negra incultura protagonizada por estes autênticos ícones da estupidez popular. 
O que lhes vai progressiva e subliminarmente instituindo como "normal" um padrão comportamental e civilizacional que se encontra cada vez mais desenquadrado do da Europa contemporânea. 

Ora, um povo auto-atrasado não suporta nem se adapta culturalmente a rápidas modificações na estrutura organizacional social, mesmo que a classe política de serviço a pretendesse implementar. 
Estas terão fatalmente que ser impostas, sem negociação. E terão custos mediáticos gravíssimos que se pagarão na primeira oportunidade, nas urnas. 
É uma pescadinha de rabo-na-boca. 
Quem o fizer, tem que perceber que vai pagar em seguida e vai ser expulso pelo povo cujo futuro protegeu. É preciso, portanto, que apareça um líder com a coragem e força interior capazes de entender e aceitar esta evidência e este ingrato Dever. 

Só esses homens ou mulheres corajosos poderão libertar Portugal do seu 3ª jugo desde o 26 de Abril: o da corrupção-pobre e estupidificação das massas.. 
Não descortino, num futuro próximo, infelizmente, nenhum candidato a crucificado. 
Nem o Cavaco … 

 João Tilly 25/4/2002



Estamos à espera que aconteça em Seia o mesmo que em Braga?





4.19.2014

Seia: Os 2 mega projectos suicidas para o Concelho

4.10.2014

As equações da Interioridade

Eis aqui um algoritmo simples que pode dar uma ajuda se se quiser perceber porque é que aquilo que é lógico e de fácil compreensão em todo o mundo civilizado, em Portugal - e especialmente no interior profundo - simplesmente não funciona.
 Proponho as seguintes Equações da Interioridade.



Publicação de João Tilly.

O que nos separa da média da Inteligência europeia é a nossa fragilidade intelectual bem patente em época eleitoral. A componente Cp x C - a que chamo de Componente de Obscurantismo é impensável e por isso inexistente na europa desenvolvida. Mas é particularmente significativa em Portugal. Ninguém anda de porta em porta a oferecer empregos para os filhos e a meter medo com o fecho de lares de idosos de o partido concorrente ganhar as eleições, por essa europa fora.
Aqui, isso é o menu obrigatório.

Exemplos de aplicação:
Consideremos um concelho do interior com 20 mil cidadãos.
Em média este concelho terá 50 candidatos directos a cargos políticos de relevância (Câmara Municipal e organismos dela dependentes), e outros 50 candidatos a cargos políticos de menor importância, ou nula, de facto, mas (que pensam) que lhes dá prestígio - Assembleia Municipal, comissões e organismos vários todos eles absolutamente inúteis como as CIM por exemplo.

Depois consideremos mais 100 caciques espalhados pelas várias freguesias desse concelho. Se o concelho tiver 20 freguesias e 5 caciques por freguesia, fácil é encontrarmos esse número.

Num concelho desta tipologia teremos que o número de cidadãos intelectualmente saudáveis (considerando um QI médio europeu) e um coeficiente de dano intelectual localizado de 1,5 é :

nPi = 20.000 - 1,5x 100 x 100 = 5.000.     Um quarto da população

No entanto, a probabilidade de encontrarmos um cidadão não infectado pelo obscurantismo emanado por esses agentes "políticos" é:

P(nPi) = 1 - 10.000/20.000 = 50%

Ou seja: 1 em cada 2 cidadãos é pessoa com a qual se pode ainda discutir ideias, pois embora uma parte não possua estruturas intelectuais que lhe permita ter um claro entendimento do mundo que a rodeia, não terá instalado o vírus da estupidificação a roer-lhe o cérebro.

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Vejamos agora ao caso de um concelho mais pequeno com 10 mil habitantes. Há vários no nosso distrito. 10 freguesias. Classe partidária 50 + 50 na mesma (os órgãos são os mesmos e os partidos também) e 50 caciques com a mesma distribuição anterior.

nPi = 10.000 - 1,5 100 x 50 = 2.500          Um quarto da população
No entanto:
P(nPi) = 1 - 5.000/10.000 = 50%    Mesmos resultados do caso anterior.
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Já num concelho maior com 100 mil habitantes. 30 freguesias.
Classe política: 150. Caciques: 5 x 30 = 150

nPi = 100.000 - 1,5 x 150 x 150 = 66.250         33,75% da população com QI normal.

P(nPi) = 1 - 22.500/100.000 = 77,5%                   A probabilidade aumenta.          

Segundo esta minha tese, em concelhos e cidades grandes, a probabilidade de se encontrar uma pessoa intelectualmente saudável aumenta em cerca de 50% relativamente ao que se passa em concelhos pequenos. Como seria de esperar.

4.01.2014

O problema em 5 alíneas