12.14.2013

ALERTA aos jovens e aos condutores em geral:


O caso de ontem foi infelizmente apenas mais um de entre dezenas que estão a acontecer por semana por todo o país. Basta abrir o Correio da Manhã para se ler diariamente casos similares que acontecem de Norte a Sul.

Um verdadeiro CRIME está a ser perpetrado nas estradas do Interior do país. Mais um. As estradas nacionais estão enxameadas de pesados. Todos a fugir às portagens. 
Os acidentes mortais multiplicam-se. Qualquer despiste pode ser mortal, agora, quando antes o não seria, porque há quase sempre um camião a vir de frente.
No mesmo local um amigo meu despistou-se há anos. Como não vinha nenhum pesado de frente a coisa reduziu-se a latas. O jovem David Guerra não teve a mesma sorte. 

As estradas nacionais NÃO ESTÃO dimensionadas para este tráfego. 
O que eu pergunto é: se subitamente se verifica que, aqui no interior do país, todos os dias morre gente a embater em pesados, não deve isto configurar uma situação repetida de homicídio por negligência? Estradas permanentemente repletas de camiões em fila entre Seia e Nelas; entre Seia e Oliveira do Hospital; entre Seia e Celorico, em que se torna praticamente impossível ultrapassar, trazem um novo paradigma de perigo e de diminuição de produtividade para quem trabalha tendo que se deslocar. 

Há que sair mais cedo - muito mais cedo - e andar muito mais devagar. O que vai conduzir a um estrangulamento nas estradas já sobrelotadas da nossa região e a uma baixa generalizada de produtividade e produção de riqueza no Interior. E vai contribuir decisivamente para o encerramento das poucas empresas que por aqui ainda resistem. 

É isto o que os 1) governantes locais e 2) as autoridades devem fiscalizar e tudo fazer para reparar. E são estas as reivindicações que devem ser levadas ao Parlamento pelos 3) deputados que foram eleitos pelo interior. 

Infelizmente os primeiros assobiam para o lado e empurram o ordenamento do trânsito para cima dos segundos, que se preocupam apenas com o cumprimento dos objectivos relativamente às coimas que, ao entrarem nos cofres do estado, garantem ao fim do mês os seus ordenados. 
E os terceiros não querem saber do interior para nada em 99% do tempo em que pela capital passeiam, almoçam e jantam nos melhores restaurantes de Lisboa tratando dos seus lóbis e das suas carreiras políticas, principescamente pagos com o confisco de impostos sobre impostos roubados ao desgraçado cidadão. 
Cidadão que o deixou de ser pois as suas (parcas) regalias foram já subtraídas na prática mas, distraído como é, ainda não deu disso conta e continua a tudo aceitar sem oferecer luta a esta múltipla conjugação de injustiça Nacional continuada e nítida subversão da democracia - pelos vistos - perpetuada. 

Não serão os nossos governantes, legisladores e deputados os principais RESPONSÁVEIS pelo que está a acontecer a este país?

E não será a população, permanentemente conivente e nada reivindicativa dos seus ex-Direitos também CO-RESPONSÁVEL por esta nova e criminosa situação, dada a sua atitude displicente que pode ser interpretada com um CONSENTIMENTO tácito para que estes homicídios continuem a ser praticados à vista de todos?