10.23.2012

Estes tipos do ECONOMIST andam a ler os blogs portugueses... "From Allgarve to Poortugal"

http://www.economist.com/news/europe/21564902-yet-another-austerity-budget-raises-concerns-about-future-growth

Austerity in Portugal

More pain, less gain

Yet another austerity budget raises concerns about future growth

IN HAPPIER days before the euro crisis, one government in Lisbon rebranded the Algarve as the Allgarve, hoping to appeal to English-speaking tourists. Now a Portuguese wit suggests rebranding the whole country as Poortugal.
Amid furious protests and thundering editorials, such mordant humour was a restrained response to the draft 2013 budget that Vítor Gaspar, the finance minister, presented on October 15th. To meet the targets agreed to by the “troika” of the European Union, European Central Bank and IMF, he wants “enormous” tax increases, including the raising of average income-tax rates by as much as a third.
Seldom have protesters, economists and politicians been so united in describing the plans: “brutal”, “a crime against the middle class”, a “fiscal atomic bomb”. Few agree with Mr Gaspar’s claim that “this is the only possible budget” and that to question it is to risk being subjected to a “dictatorship of debt” with Portugal condemned to depend on its official creditors indefinitely.
Yet most voters would agree with Mr Gaspar that to default on the country’s debt, as the radical left advocates, would be “catastrophic”. Even so, recent protests have been swelled by tens of thousands of mainstream voters who believe that squeezing working families is not just unnecessarily painful but is also choking off growth.
The critics have latched on to the latest outlook from the IMF in which the fund argues that, in today’s economic climate, fiscal consolidation is having a bigger negative impact on growth than usual. The opposition Socialists believe this perfectly describes Portugal’s predicament. They want more time to meet budget targets, on top of an extra year granted last month. More worrying for Pedro Passos Coelho, the prime minister, is that the IMF line is echoed by President Aníbal Cavaco Silva, also from the centre-right, who has written that it is wrong to pursue deficit goals “at any cost”.
Another concern is the rift in the coalition over the budget. The conservative People’s Party, junior partner to Mr Passos Coelho’s Social Democrats, wants more public-spending cuts (new revenues account for 80% of the 2013 fiscal adjustment). The two parties must vote together to get the budget through parliament. But Mr Gaspar insists there is “no room for manoeuvre”.
Some say that his intransigence is more for form than for fiscal doctrine. Unlike Greece, Portugal has gained much kudos in Brussels and Berlin for being a model pupil for the euro zone. That could help it if and when the Spanish government requests a bail-out—and starts to argue with the troika about whether ever more fiscal austerity is really sensible.
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Em dias mais felizes antes da crise do euro, um governo em Lisboa rebaptizou o Algarve como o Allgarve, esperando apelar aos turistas anglo saxónicos. Agora uma sagacidade Portuguesa sugere o rebranding do nome do país como Poortugal.
No meio de protestos furiosos e editoriais demolidores, este humor mordaz (obrigado pela parte que me toca) foi a resposta comedida ao projecto de orçamento de 2013 que Vítor Gaspar, o ministro das Finanças, apresentou no dia 15 de Outubro. 
Para cumprir os objectivos acordados pela "troika" da União Europeia, Banco Central Europeu e do FMI, Gaspar quer "enormes" aumentos de impostos, incluindo o aumento da média de taxas de IRS até um terço. 
Raramente manifestantes, economistas e políticos foram tão unânimes na descrição dos planos: "brutal", "um crime contra a classe média", uma "bomba atómica fiscal".  
Poucos concordam com o defendido por Gaspar, de que "este é o único orçamento possível" e que questioná-lo é correr o risco de ser submetido a uma "ditadura da dívida" com Portugal condenado a depender de seus credores oficiais indefinidamente.
No entanto, a maioria dos eleitores concorda com o Sr. Gaspar que o não pagamento da dívida do país, como os defensores radicais de esquerda defendem, seria "catastrófico".
Mesmo assim, recentes protestos foram protagonizados por dezenas de milhares de eleitores tradicionais que acreditam que apertar ainda mais o cinto às famílias de trabalhadores não só é desnecessário, como também muito doloroso, sufocando o crescimento do País.

Os críticos têm chamado a atenção para o último panorama do FMI em que o fundo argumenta que, no clima económico atual, a consolidação orçamental está a ter muito maior impacto negativo no crescimento do que se esperaria. Os socialistas da oposição acreditam que este relatório descreve perfeitamente a situação de Portugal. Eles querem mais tempo para cumprir os objectivos orçamentais, para além do ano extra concedido no mês passado. 
Mais preocupante para Pedro Passos Coelho, o primeiro-ministro, é que a convicção do FMI é secundada pelo presidente Aníbal Cavaco Silva, também de centro-direita, que tem escrito que é errado perseguir os objectivos do déficit "a qualquer custo". 
Outra preocupação é a ruptura da coligação em torno do orçamento. O Partido Popular (Conservador), parceiro menor dos social-democratas de Passos Coelho, quer mais cortes na despesa pública (contra as novas receitas de 80% previstas no ajuste fiscal de 2013). As duas partes devem votar em conjunto para obter o orçamento aprovado pelo parlamento. Mas Sr. Gaspar insiste que "não há margem de manobra". 
Alguns dizem que a sua intransigência é mais para a forma do que para a doutrina fiscal. Ao contrário da Grécia, Portugal ganhou elogios tanto em Bruxelas como em Berlim por ser um aluno modelo para a zona euro. Isso pode ajudar se e quando o governo espanhol pedir o seu resgate e começar a discutir com a troika sobre se cada vez maior austeridade fiscal é realmente útil.

Bebb Towingou


O conflito do jornalismo televisivo com os números!



 É absolutamente insanável este conflito. 
Tanto faz serem moços como raparigas: ninguém faz ideia do que diz quando se atreve a falar em números nas TVs. Em todas elas. 
Mas a TVI nesse aspecto é "melhor". Aí é que não conseguem acertar uma! 

Esta moçoila das pernas de cada vez que tentou balbuciar um número ou se engasga ou dá-os completamente incorrectos. 
Primeiro começa por dizer que Portugal perde 2700 MILHÕES /ano (!!!) com o facto de ter uma geração desperdiçada, para depois, no fim da peça, afirmar que em toda a Europa se estão a perder 153 milhões no total pelo mesmo motivo! 
Quer dizer: em Portugal perder-se-ia quase 18 vezes o que se perde em toda a europa! 

Não fazem a mínima ideia dos números que lançam da boca para fora, e não há ninguém que lhes chame a atenção para esta desgraça que dura há décadas! 

Para além disso, o engasganço de cada vez que tentam balbuciar um número é fatal. Nunca sai à primeira. É 14 e é 40 e é o raio que parta a mocinha, coitadinha, que tem umas pernas giras mas isso não é nada que interesse à transmissão de informação ao público. 

Esta gente foge da matemática como o diabo da cruz, ao longo do seu percurso escolar, e depois acontece esta desgraça. 
Esta verdadeira desgraça que perpetua a risada geral do mundo civilizado relativamente aos portugueses.

A mais bela História de todas: Como funciona o Universo!



Este excerto do Discovery Science engloba a primeira imagem do Universo tal como ele era apenas 380 milhões de anos após o Big Bang.

As questões:
Será este o primeiro universo que existiu? Ou o enésimo?
Durará outros 14 mil milhões de anos ou está prestes a acabar?
As leis da física serão as mesmas para todos os próximos universos?
O que acontecerá quando este acabar? Fogo ou gelo?

A não perder.
São 8 minutos que multiplicam a inteligência do cidadão comum conferindo-lhe uma perspectiva completamente diferente e muito mais descomplexada da Vida neste planeta.